Estou a começar a estudar português, espero que seja pelo menos compreensível. Tenham piedade, por favor :')
Minha doçura
Ouvindo a campainha tocar, Hokuto revirou os olhos. Agarrou o controle remoto e pausou o filme que estavam a ver, enquanto o mais novo ficava de pé e corria para a porta, levando a bandeja onde sua mãe deixou mais do que uma quantidade normal de doces vários.
Esta vez até Hokuto ficou de pé, ficou na porta e sorriu às crianças que esperavam ansiados com suas cestas.
Quando Jesse lhe deu os doces saudou-os com a mão, e fechada a porta agarrou seu namorado pela camisola, rindo-se.
“Jesse...” murmurou, em tom queixoso. “Era pelo menos a décima quinta vez. Achas que vai continuar muito tempo?” perguntou-lhe, erguendo uma sobrancelha e indicando a televisão e o filme, que fazia menos e menos sentido à medida que o tinham de interromper.
O mais novo sorriu e encolheu os ombros.
“Mas é o Halloween, Hokku. O quê devia fazer, deixar às crianças à porta sem abrir?” disse-lhe, como se fosse completamente absurdo.
Matsumura fez uma expressão alusiva, e sorriu pelo olhar de repreensão de seu namorado.
“Está bem, compreendo o ambiente da festa e o doçura ou travessura, porém...” aproximou-se ainda mais e beijou-lhe depressa os lábios. “Quando vai ser a próxima vez que teus pais não voltam para casa? Pode não acontecer durante semanas, uma oportunidade assim. Queres mesmo desperdiçá-la assim?” tentou, mexendo-se devagar contra ele.
Mesmo quando o achou prestes a render-se tocaram outra vez a campainha, e Jesse não hesitou em ir abrir, com os imprescindíveis doces.
Hokuto suspirou pelo desapontamento, mordeu um lábio e passou uma mão na frente.
A casa de Jesse estava na periferia de Tokyo, por isso havia muitas crianças no bairro. O mais novo explicara-lhe que quando eram crianças sua irmã e ele saíram sempre por Halloween para fazer doçura ou travessura, e que por isso era uma festa da que gostava muito.
Hokuto, que em troca fizera isso só uma ou duas vezes, não conseguia mesmo compreender a emoção, embora fosse divertido por esse lado de Jesse.
Todavia com o tempo começava mesmo a ficar afetado por toda a situação, e por uma razão mais do que compreensível.
Os pais do mais novo não iriam regressar aquela noite, ele estava lá há aquela tarde e a proximidade com Jesse estava a tornar complicado por ele tentar conter qualquer instinto.
Então quando Jesse fechou outra vez a porta não lhe deixou o tempo para dizer nada.
Tomou a bandeja das mãos dele, abandonou-a na entrada e empurrou o mais novo com as costas contra a parede, beijando-o com urgência.
Abriu os lábios, procurou a língua dele com a sua, enquanto as mãos iam debaixo da t-shirt e começavam uma caricia sem pressa.
Jesse gemeu baixinho ao toque dele, deixou-se ir com prazer ao beijo e as mãos dele, arqueou as costas e ofereceu os quadris aos movimentos dos do mais velho.
Ao separar-se sorriu-lhe, envergonhado.
“Está bem, tuas argumentações pareciam bastante convencedoras.” disse-lhe com um sorriso, antes de Hokuto o puxar para o salão, sem parar de o olhar.
“Então...” murmurou, empurrando-lhe os ombros e fazendo-o deitar. “Quer voltar a ver o filme?” perguntou-lhe, uma sobrancelha erguida, enquanto as mãos afrouxavam depressa a camisa em frente aos olhos de seu namorado.
“Quê filme?” respondeu Jesse rindo-se, logo lhe agarrou um pulso e o tirou para cima dele, voltando a beijá-lo.
Hokuto sorriu contra os lábios dele, fez espaço entre as pernas e afastou-se só o tempo necessário para o livrar da t-shirt, antes de voltar a procurá-lo com a boca, descendo para o peito e logo mais para baixo, enquanto suas mãos apressavam-se a fazer-lhe deslizar as calças ao longo das pernas o suficiente para conseguir enrolar o sexo com os dedos e começar a mexê-los devagar.
Passou a língua no entrepernas, travesso, levantou os olhos para ele e sorriu ao vê-lo com olhos fechados e a cabeça inclinada para o apoio de braço, tentando sufocar gemidos mais e mais altos à medida que a boca do mais velho se aproximava dos dedos, chamando em voz rouca seu nome quando Hokuto desceu com a boca, muito devagar para Jesse gostar.
Porém o mais velho divertia-se em provocá-lo assim, em vê-lo perder devagar o controle; passou a língua nele, deteve-se na ponta e levou-o outra vez na boca tanto como possível, começando a mexer-se mais firmemente.
Com a mão que não estava na base da ereção dele começou a subir pela coxa do mais novo até roçar delicadamente a entrada dele.
Estava prestes a procurar acesso nele com o primeiro dedo, quando ouviu a campainha. Deixou-se distrair por um instante, e estava prestes a voltar ao que estava a fazer, mas o mais novo não lho deixou fazer.
Saltou sentado e vestiu depressa a t-shirt, afastando-o para conseguir ficar de pé e arranjando-se as calças com um gemido de desapontamento.
“Espera um minuto!” pediu, correndo para abrir a porta.
Hokuto ficou imóvel, os olhos esbugalhados. Ficou ajoelhado no sofá, ouvindo seu namorado saudar as crianças antes de lhes dar doces.
Sentou-se, cruzou as pernas e os braços e fez-se encontrar do mais novo com um ar mau no rosto.
“Desculpa.” disse Jesse ofegando, voltando deitado no sofá. “Onde estávamos?” perguntou logo com um sorriso, tirando outra vez a t-shirt.
Hokuto virou-se devagar para ele, uma sobrancelha levantada e os lábios franzidos.
“Estávamos ao filme, certo?” perguntou, fingindo um tom inocente. “No que me diz respeito, podemos voltar a vê-lo.”
O mais novo voltou sentado e olhou para ele com ar culpável.
“Ficaste zangado porque fui abrir?”
Hokuto fez um som sarcástico e encolheu os ombros.
“Para nada. Porquê ficar zangado? Achava que apreçasses, mas efetivamente talvez não fosse bom o suficiente para cativar tua atenção.”
Jesse suspirou, desceu do sofá e ficou no chão, apoiando o queixo na perna dele e olhando para os olhos dele.
“Desculpa. Mesmo, não queria. Não é que eu não estivesse envolvido, foi uma reação instintiva a de ir abrir.” esperou uma resposta pelo mais velho, que em troca ficou em silêncio. “Posso fazer alguma coisa para ser perdoado?” tentou outra vez, mas ao ficar sem resposta decidiu tomar a iniciativa para Hokuto não conseguir mais ignorá-lo.
Levou uma mão ao joelho dele, afastou-o do outro e moveu-se entre as pernas dele, acariciando-as devagar e subindo para cima.
Vista a pouca colaboração de Hokuto teve dificuldades em tirar-lhe as calças, mas de algum modo conseguiu e foi em frente, baixando-se para ele, reproduzindo os movimentos que Matsumura lhe reservou há uns minutos.
Hokuto olhava intensamente para ele, tentando na mesma não mostrar reações evidentes aos movimentos dele. E resultou difícil quando o mais novo enrolou completamente sua ereção nos lábios, começando a roçá-lo com a língua de baixo para cima, acariciando-lhe as pernas, tentando mexer-se para lhe fazer perder o controle e fazer-lhe esquecer a irritação.
Tocaram outra vez a campainha, e Hokuto sabia que não se iria atrever outra vez a levantar-se para ir abrir, mas por ter a certeza levou uma mão para trás da cabeça dele e segurou-o contra si, começando a empurrar os quadris para a boca dele, indiferente ao ritmo que Jesse escolhera manter.
Não lhe disse nada nem lhe deu mais satisfação do que essa, e após uns minutos mais disso ficou farto de lhe deixar o controle, e puxando-lhe o cabelo obrigou-o a levantar-se.
Hokuto juntou-se a ele no chão, empurrou-o para Jesse se deitar e voltou entre as pernas dele, levando depressa os dedos à boca dele para Jesse os humedecer; não lho deixou fazer durante muito tempo, e considerou isso parte da punição.
Levou os dedos à entrada dele e começou a prepará-lo depressa, olhando para os olhos dele e sorrindo de modo quase malvado enquanto os dedos aumentavam e aumentava até o tom dos gemidos de Jesse, e o modo como se empurrava para sua mão, levantando ao mesmo tempo a cabeça e procurando um beijo que Hokuto lhe concedeu só após umas tentativas.
Mordeu-lhe um lábio e logo o lambeu, privando-o do contacto com seus dedos e ficando mais cómodo entre as pernas dele, deixando que sentisse sua ereção contra ele, deixando que desejasse isso, que o precisasse.
Tocaram outra vez, e Hokuto sorriu-lhe.
“Queres ir abrir?” escarneceu-o, a voz rouca, empurrando-se devagar nele e começando a penetrá-lo enquanto Jesse rangia os dentes e tentava acostumar-se depressa à intrusão.
“Acho que não.” respondeu, a voz ofegante, logo levou os braços ao pescoço dele e beijou-o para sufocar qualquer gemido na boca dele até o sentir completamente para dentro de si.
Hokuto respirou fundo, tentando ficar quieto o mais possível embora tivesse vontade de começar imediatamente a mexer-se nesse calor.
Levou a mão ao sexo dele e mexeu-a preguiçosamente na tentativa de o distrair, logo saiu devagar dele e voltou para dentro com um empurrão firme; fez isso uma e outra vez, aumentando o ritmo até atingir o ponto que fez perder todas inibições a Jesse. O mais novo apertou as unhas nas costas dele, magoando-o, ofegou pesadamente e agitou-se debaixo dele, sem saber se se mexer contra seus quadris ou para sua mão, e acabou por deixar-lhe a iniciativa e que gerisse sozinho quanto prazer lhe queria dar.
Hokuto continuou a empurrar-se nele mais e mais depressa, já concentrado só no que Jesse lhe fazia sentir e já não na vingança. Mexia-se sem ritmo, de modo quase brutal, mas ouvia pela voz do mais novo quanto estivesse a gostar, e não teve razão para abrandar.
Atingiram o orgasmo a uns minutos de distância, e ambos exigiram a boca do outro para sufocar os gemidos, beijando-se de modo voraz, como se não conseguissem ficar contentes com o que já tinham.
Hokuto não demorou muito tempo, e saiu do corpo quente de Jesse para se deitar ao lado dele, tirando um cobertor do sofá e pondo-o acima de ambos, suspirando com satisfação.
O mais novo virou-se para ele e sorriu.
“Viste? Eu disse-te que tínhamos o tempo para fazer tudo.” escarneceu-o, levantando-se para lhe dar um beijo.
Hokuto levantou uma sobrancelha, para nada convencido.
“Mesmo? Tenho de te lembrar de quem se levantou para ir dar doces às crianças enquanto eu estava ajoelhado entre suas pernas a...”
Jesse parou-o, pondo os braços à volta do pescoço dele e sorrindo.
“Eu amo-te.” disse-lhe, cortando o discurso dele e ficando a olhar para ele com ar inocente até Hokuto suspirar, aparentemente renunciando em insistir.
“Eu em troca odeio-te.” murmurou, ficando sentado e dando-lhe a roupa, vestindo outra vez sua.
Quando tocaram outra vez a campainha, Jesse ficou de pé como se nada fosse, virando-se para sorrir-lhe antes de correr para a entrada.
“Já vou!”
Hokuto abanou a cabeça, mas não conseguiu evitar sorrir.
Continuava a encontrar uma loucura a importância excessiva dada a Halloween, especialmente consideradas as opções alternativas.
Mas não se iria queixar muito. Afinal de contas, também teve sua parte.